Cattú

Cattú ou Antônia de Tal era moradora da Rua de Polytheama, e estava frequentemente envolvida com algum de conflito. O dia nem estava tão quente, e Cattú já se desentendia com uma outra mulher. Quando conseguiu ajuda de um guarda-civil. morador da localidade, nem adiantou, porque do jeito que Cattú tava, um cabra só era pouco pra tanta irá que ela despejava por todo lado. Cattú rancou-lhe os botões da túnica, e transformou sua camisa em tiras.
Cattú era uma mulher perigosa, não se sabe se podia achar escondida, amarrada na saia, uma navalha amolada, ou sem ela, com sua malicia de rua podia dar uma pernada que por causa da sua bravura.
Por diversas vezes compareceu à polícia, mas nunca atendeu. No dia desse acontecido, o guarda esfolado de nº 119 pediu reforços. Travou-se forte luta nas imediações do Largo do Pelourinho. Compareceram os guardas de nº 64, 4, 14, 203, um músico do regimento policial, dois praças e um sargento, e a perigosa mulher lutou com todos, sendo muito custo conduzido para a Secretaria de Segurança Pública. Na luta, alguns guardas sairam feridos, inclusive o 119, que tomou uma dentada na mão de desmentiu um dedo, e na Secretaria o fato ficou famoso. Suas companheiras de prisão nem se ousavam encostar em Cattú, pois sua fama já começava a se espalhar por entre guetos e redutos da malandragem da velha São Salvador.