Anastácia foi caçada na África, ainda com seu nome de batismo Ojú Orun, e brutalmente trazida para o Brasil como mercadoria, sofrendo todo tipo de castigo e humilhação. Foi marcada em ferro e em brasa, e vendida, passando a se chamar Anastácia. Foi trabalhar num engenho de açúcar, uma grande fazenda, sendo forçada a aprender a língua portuguesa e a cultuar o catolicismo. O homem que a comprou, e que passou a ser o seu senhor, chamava-se Dom Antônio.
Anastácia com o tempo revelou ter o dom da cura, por meio de rezas e ervas. Assim começou a fazer essas curas em negros doentes, despertando a atenção de seu senhor por sua imensa beleza e destreza. Isso também causou muitos ciúmes em sua patroa, a Sinhá esposa de Dom Antônio.
Por se negar a ir para a cama com seu senhor apanhou muito e foi sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, só tirada às refeições. Quando Anastácia morreu, seu rosto estava todo deformado.
Negra Escravizada Anastácia é cultuada tanto no Brasil quanto na África e representa a luta e resistência de uma ancestral guerreira. Saudamos e agradecemos a Anastácia!