
Segundo depoimentos, ela nasceu na Rua das Gameleiras dentro do município de Itaparica e morou num casarão chamado de “convento” na Ponta das Baleias. Os quartos do prédio eram alugados para pescadores, marisqueiras, armadores entre outros. Sempre vestida com saia rodada, bata, torso e chinelas. Sem data de nascimento definida. De acordo com os relatos orais colhidos acredita que seja descente de escravos sudaneses.
Conhecida como Heroína Negra da Independência, liderava mulheres e homens de diferentes classes e etnias, organizando o envio de mantimentos para o Recôncavo, e as “vedetas”, que eram vigias nas praias para prevenir o desembarque de tropas inimigas além de participar ativamente de vários conflitos.
Durante as batalhas, incendiaram as embarcações: a Canhoneira Dez de Fevereiro (01/10/1822), na praia de Manguinhos; a Barca Constituição (12/10/1822), na Praia do Convento. Em 7 de janeiro de 1823, liderou aproximadamente 40 mulheres na defesa das praias, armadas com peixeiras e galhos de cansanção, surrando os portugueses e ateando fogo aos barcos com tochas feitas de palha de coco e chumbo.